quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aids: proteína humana seria nova arma de combate


Uma proteína humana poderá abrir um novo caminho para o combate ao retrovírus responsável pela Aids (HIV) neutralizando a resistência do patógeno aos antirretrovirais, segundo trabalhos divulgados nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
Os pesquisadores indicam que bloquearam uma infecção com HIV em laboratório desativando uma proteína humana chamada ITK, ativa nos linfócitos T, células imunológicas importantes do organismo.
A maioria dos tratamentos contra a Aids têm como alvo as proteínas do próprio vírus responsável pela infecção. Mas à medida que o HIV realiza várias mutações, estas proteínas mudam rapidamente e geram resistência do vírus aos tratamentos, explicaram estes cientistas, com o estudo está publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS) de 28 de abril.
Estes cientistas descobriram que atuando sobre a proteína ITK (interleukine-2-inducible T cell kinase) podiam bloquear a infecção das células imunológicas humanas pelo HIV. A proteína ITK ativa os linfócitos T no mecanismo normal de resposta imunológica do organismo humano, explicou a doutora Pamela Schwartzberg, do Instituto Nacional norte-americano de Pesquisa sobre o Genoma Humano (NHGRI), principal responsável pela pesquisa.
Contrariamente às proteínas do vírus HIV, a proteína ITK registra poucas mutações, ressaltou, o que explica o recente interesse da comunidade científica pelo desenvolvimento de tratamentos para neutralizá-la.
Tentar contra-atacar o vírus HIV, que muda muito rapidamente, prescrevendo combinações de medicamentos e mudando de tratamentos pode aumentar o risco de efeitos secundários tóxicos e nem sempre há sucesso, ressaltou este médico. Quando o HIV entra no organismo, infecta as células linfocitárias T e toma o controle do mecanismo de defesa, o que permite ao vírus produzir cópias de si mesmo.
A infecção acaba comprometendo o conjunto do sistema imunológico provocando a Aids, a síndrome da imunodeficiência adquirida. Estes trabalhos mostram que se a proteína ITK não estiver ativa, o vírus da Aids não pode usar eficazmente as células linfocitárias T para se reproduzir, o que as deixa mais lentas ou até bloqueia sua propagação.

Teste de AIDS será obrigatório para noivos no Catar

A partir do fim do ano, qualquer pessoa que pretenda se casar no Catar terá de apresentar testes de HIV para comprovar que não é soropositivo. A medida, que atingirá também os estrangeiros residentes no país, foi anunciada pela Comissão Médica Nacional.

Segundo o jornal Gulf Times, a decisão faz parte da política adotada pelo Catar para frear a transmissão do vírus da aids em seu território. Mesmo trabalhadores e estudantes de outros países deverão se submeter ao teste, caso morem há mais de dois meses no país.

"Com a medida, queremos assegurar aos catarianos que estamos fazendo todo o possível para prevenir a transmissão do vírus", disse o diretor executivo da Comissão Médica, Ahmed Naji. Segundo seus dados, 228 pessoas são portadoras do vírus da aids no Catar.

O teste do HIV é obrigatório também em outros países do Oriente Médio. Na Síria, por exemplo, devem fazer o teste todos os estudantes que pretendem se inscrever em universidades e todos os estrangeiros que querem obter o visto de permanência no país.

Mesmo com cura, hanseníase ainda se espalha pelo país


39 mil novos casos da doença em 2008
No ano 2000, quando recebeu um telefonema do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohran), convidando-o para trabalhar como voluntário no combate à doença, o cantor Ney Matogrosso levou um susto.
- Achava que hanseníase não existia mais. Conhecia a doença porque minha mãe criou uma menina vinda de um leprosário, mas não imaginava que o Brasil ainda tivesse algum caso - diz Ney, que desde então faz campanhas de esclarecimento em todo o país. - Ainda há muito preconceito, e o governo parece não querer acabar com a doença.
Uma das enfermidades mais antigas do mundo, a hanseníase passou a ter cura na década de 40, quando as pessoas eram isoladas compulsoriamente. Desde a década de 90, a Organização Mundial da Saúde (OMS) distribui a medicação de graça. No Brasil, pacientes reclamam que falta remédio por causa da burocracia alfandegária e também por causa da subnotificação.
- Percorremos o país conversando com as pessoas e sabemos que, mesmo sendo obrigados a notificar todos os casos, que alguns médicos não cumprem, o que faz com que remédios faltem especialmente no interior.
Além disso, em estados do Sul, o tratamento que deve levar no máximo um ano, leva 36 meses porque os pacientes acham que assim ficarão mais curados - conta Artur Custódio, coordenador do Mohran. Saúde quer reduzir em 10% número de casos até 2011 Segundo dados da OMS, o Brasil fechou o ano de 2008 com 39 mil novos casos de hanseníase diagnosticados, atrás apenas da Índia, responsável por 54% de todos os 249 mil casos registrados no mundo. Mas aparece como o número um do ranking se a conta for feita segundo a taxa de prevalência da doença: com população de 190 milhões de habitantes, o país tinha em 2007 taxa de 21,94 casos para cada 100 mil habitantes.
Além disso, ainda segundo a OMS, nas Américas, o Brasil é líder no ranking de novos casos: foram 44,4 mil em 2006, dos 47, 6 mil diagnosticados em 51 países.
O país também é um dos três, ao lado do Nepal e do Timor Leste, que não conseguiram cumprir a meta, firmada em 1991, de ter um caso da doença para cada 10 mil habitantes até 2005.
O Ministério da Saúde reconhece que a meta não foi cumprida, mas ressalta que isso não é importante e que a taxa de prevalência vem caindo desde 2007.
Segundo dados do ministério, em 1994 foram registrados 3.055 casos em menores de 15 anos. Em 2007, foram 2.148. Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, Maria Aparecida de Faria Grossi, diz que o país tem que "se orgulhar das condutas para tratar da hanseníase".
- Em 2008, tivemos 2.913 crianças com menos de 15 anos diagnosticadas. Isso representa 7,5% de todos os casos do país.
Em 2007, o número chegava a 8%.
Estamos vigilantes. Então, não é o mais importante não termos atingido a meta - diz ela, lembrando que o país não prega mais a eliminação da doença, e sim o controle.
- Não falam em eliminar a tuberculose. Nossa principal meta é diminuir a taxa de detecção em 10% entre 2009 e 2011.
Centro-Oeste, Norte e Nordeste têm taxas altas da doença De acordo com Maria Aparecida, as taxas mais altas estão nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. No Tocantins, em 2008, foram registrados 103 casos para cada 100 mil habitantes.
- Monitoramos o país e o dividimos em dez regiões, que chamamos de clusters. Temos 17% de toda a população residindo em 1.173 municípios. Esses locais registraram 53,5% de todos os casos entre 2005 e 2007.
Além do ministério, o Mohran também cruza o país para diagnosticar novos casos. Desde 2008, uma carreta percorre os municípios do Cluster 1 (Pará, Tocantins, Piauí e Maranhão). Nesse primeiro ano, foram visitados 34 municípios nos 162 dias de ação.
- Diagnosticamos 1.315 casos - diz Artur Côrrea, que dá palestras sobre a doença. - Passamos três dias em Taboão da Serra, em São Paulo, e encontramos quatro casos. Em um ano, o ministério diagnosticou três.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dia Mundial das Doenças Raras


O uso da palavra raras talvez não reflita a realidade dessas doenças. Quando avaliadas individualmente estas apresentam baixa incidência na população, porém, juntas são responsáveis por boa parte das estatísticas de doenças graves no Brasil e no mundo. Por isso, pela primeira vez no país, as entidades relacionadas ao manejo de tais enfermidades se uniram para realizar a 1ª Caminhada de Apoio aos Pacientes de Doenças Raras, em São Paulo, no dia 28 de fevereiro, para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras.

O evento será no Parque da Juventude, em Santana, e oferecerá workshops, atrações de manifestações culturais, feira, shows, atividades lúdicas e esportivas. Esta iniciativa é organizada pela Fundação Geiser – Grupo de Enlace, Investigação e Suporte de Doenças Raras da América Latina –, o Grupo de Estudos de Doenças Raras, o Instituto Canguru e a Aliança Brasileira de Genética, com o apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

Além de prestar informações à população, o Dia Mundial das Doenças Raras é uma oportunidade de chamar a atenção dos governantes e da sociedade para a situação dos pacientes que sofrem de tais enfermidades. “Procuramos trabalhar com o objetivo de reunir o governo, a sociedade civil, universidades e empresas farmacêuticas para discutir a melhora do bem estar de pacientes com doenças raras e suas famílias, apoiando a pesquisa, discutindo políticas públicas e cooperação internacional, e usando os meios de comunicação para divulgação e conscientização da população em geral”, comenta a Dra. Cecília Micheletti, delegada brasileira da Fundação Geiser, diretora do Instituto Canguru e coordenadora científica do Grupo de Estudo de Doenças Raras.

O que são doenças raras?

As doenças raras, também chamadas de doenças órfãs, costumam ser definidas como aquelas com prevalência inferior a 5 casos a cada 10 mil pessoas, o que significa que de 6% a 8% da população são atingidas por uma dessas patologias. Em 66% dos casos, o surgimento dos sintomas se evidencia antes dos dois anos de idade, contudo, 35% falecem antes do primeiro ano de vida e 10% entre 1 e 5 anos. No Brasil, apesar das doenças raras serem a segunda maior causa de mortalidade infantil há mais de 20 anos, são poucas as iniciativas do governo para reverter esta situação.

Estima-se que exista de 5 a 8 mil diferentes tipos de doenças raras, sendo 80% de origem genética, e 65% delas com expressão clínica grave e incapacitante. No entanto, em toda a América Latina a realidade dos portadores de doenças raras esbarra na inexistência de políticas públicas específicas que reflete na dificuldade de diagnóstico e na falta de tratamento gratuito.

O diagnóstico das doenças raras, muitas vezes é feito tardiamente, pois o conhecimento sobre elas é pouco tanto na sociedade como na própria comunidade médica. Há pouca investigação clínica, falta de verbas e o desenvolvimento de medicamentos para um número limitado de doentes necessita de altos investimentos em pesquisa.

Dentre as milhares destas doenças estão a Hipertensão Pulmonar, Niemann-Pick tipo C, Doença de Gaucher, Mucopolissacaridose, Fibrose Cística e Esclerose Sistêmica.

A data também é rara!

Exatamente por conta de sua peculiaridade, o dia 29 de fevereiro foi escolhido como o Dia Mundial de Doenças Raras. Porém, nos anos que não são bissextos – o caso de 2010 – este dia “raro” não ocorre e assim, mundialmente, ele é celebrado no dia 28.


Doença de Gaucher


A doença de Gaucher é um distúrbio hereditário que acarreta o acúmulo de glicocerebrosídeos, um produto do metabolismo das gorduras. A anomalia genética que causa doença de Gaucher é recessiva. Um indivíduo afetado deve herdar dois genes anosmais para apresentar os sintomas. Esta doença produz um aumento de tamanho do fígado e do baço e a uma pigmentação acastanhada da pele. Os acúmulos de cerebrosídeos nos olhos provocam o surgimento de manchas amarelas denominadas pinguéculas. Os acúmulos na medula óssea podem causar dor. A maioria dos indivíduos com doença de Gaucher desenvolve o tipo 1, a forma crônica adulta, a qual acarreta um aumento do fígado e do baço e anormalidades ósseas.

O tipo 2, a forma infantil, ocorre durante o período da lactância. Os lactentes com a doença apresentam um baço aumentado de tamanho e alterações graves do sistema nervoso. O pescoço e as costas podem tornar-se rigidamente arqueados devido aos espasmos musculares. Esses lactentes geralmente morrem em um ano. O tipo 3, ou forma juvenil, pode começar em qualquer momento durante a infância. As crianças com a doença apresentam aumento de tamanho do fígado e do baço, anormalidades ósseas e alterações lentamente progressivas do sistema nervoso. As crianças que sobrevivem até a adolescência podem viver por muitos anos.

As alterações ósseas podem causar dor e edema nas articulações. Os indivíduos gravemente afetados também podem apresentar anemia e uma incapacidade de produzir leucócitos e plaquetas, com conseqüente palidez, fraqueza, suscetibilidade a infecções e sangramento excessivo. Quando o médico detecta um aumento de tamanho do fígado ou uma anemia e suspeita da doença de Gaucher, ele comumente realiza uma biópsia hepática ou da medula óssea para confirmar o diagnóstico. O diagnóstico prénatal pode ser estabelecido através do exame de células obtidas de uma amostra do vilo coriônico ou através da amniocentese.

Muitas pessoas com doença de Gaucher podem ser tratadas com a terapia de reposição enzimática, um tratamento caro no qual as enzimas são administradas pela via intravenosa, normalmente a cada 2 semanas. A terapia de reposição enzimática é mais eficaz para os indivíduos que não apresentam complicações do sistema nervoso. As transfusões de sangue podem ajudar a aliviar a anemia. Para tratar a anemia, a baixa contagem leucocitária ou plaquetária ou para aliviar o desconforto causado pela esplenomegalia (baço aumentado de tamanho), o baço pode ser removido cirurgicamente.

Amiloidose


A amiloidose é uma doença na qual ocorre o acúmulo de amilóide, uma proteína rara que normalmente não está presente no corpo, em vários tecidos. Existem muitas formas de amiloidose. Na amiloidose primária, a causa é desconhecida. No entanto, a doença está associada a alterações das células plasmáticas, como o mieloma múltiplo, o qual também pode estar associado à amiloidose. A amiloidose secundária é assim denominada devido ao fatodela ser secundária a outras doenças (p.ex., tuberculose, infecções dos ossos, artrite reumatóide, febre familiar do Mediterrâneo ou ileíte granulomatosa). Uma terceira forma, a amiloidose hereditária, afeta os nervos e certos órgãos e foi detectada em indivíduos provenientes de Portugal, da Suécia, do Japão e de muitos outros países. Uma outra forma de amiloidose está associada ao envelhecimento normal e afeta particularmente o coração. Normalmente, a causa do acúmulo excessivo de amilóide é desconhecida. Entretanto, a amioidose pode ser uma resposta a várias doenças que causam infecção ou inflamação persistente. Além disso, uma outra forma de amiloidose está relacionada à doença de Alzheimer.

Sintomas

O acúmulo de grandes quantidades de amilóide pode compromenter o funcionamento normal de muitos órgãos. Os sintomas da amiloidose dependem do local onde o amilóide acumula-se. Muitos indivíduos apresentam poucos sintomas, enquanto outros apresentam uma doença grave e potencialmente letal. Na amiloidose primária, os locais típicos de acúmulo de amilóide são o coração, a pele, a língua, a tireóide, os intestinos, o fígado, os rins e os vasos sangüíneos. Esse acúmulo pode acarretar insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares), dificuldade respiratória, espessamento da língua, hipoatividade da tireóide, má absorção dos alimentos, insuficiência hepática, insuficiência renal e equimoses fáceis ou outros sangramentos anormais decorrentes do efeito do amilóide sobre a coagulação sangüínea. Pode ocorrer uma disfunção nervosa, a qual acarreta fraqueza e distúrbios da sensibilidade. Pode ocorrer a síndrome do túnel do carpo. Quando o amilóide afeta o coração, o indivíduo pode morrer devido a uma insuficiência cardíaca grave a arritmias cardíacas. Na amiloidose secundária, o amilóide tende a acumular-se no baço, no fígado, nos rins, nas adrenais e nos linfonodos. O baço e o fígado tendem a aumentar de volume e, à palpação, o médico pode perceber uma consistência firme semelhante à da borracha. Outros órgãos e vasos sangüíneos também podem ser afetados, embora o envolvimento cardíaco seja raro.

Diagnóstico

Algumas vezes, é difícil para o médico diagnosticar a amiloidose pelo fato dela produzir tantos problemas diferentes. Contudo, ele pode suspeitar da amiloidose quando vários órgãos tornam-se insuficientes ou quando um indivíduo apresenta sangramento fácil sem razão aparente. A forma hereditária é suspeitada quando um distúrbio nervoso periférico herdado é descoberto em uma família. Geralmente, o diagnóstico é estabelecido através do exame de uma pequena quantidade de gordura abdominal obtida através de uma agulha inserida próxima à cicatriz umbilical. Alternativamente, o médico pode coletar uma amostra de tecido através da biópsia da pele, do reto, das gengivas, dos rins ou do fígado. O amilóide é identificado ao microscópio com o uso de colorações especiais.

Tratamento

A amiloidose nem sempre exige tratamento. Quando ela é causada por uma outra doença, o tratamento desta normalmente alentece ou reverte a amiloidose. No entanto, a amiloidose causada pelo mieloma múltiplo possui um mau prognóstico. A maioria dos indivíduos com ambas as doenças morre em 1 a 2 anos. O tratamento da amiloidose não é muito eficaz. O uso da prednisona e do melfalano, algumas vezes associado à colchicina, podem prover alívio. A colchicina isoladamente pode ajudar a aliviar a amiloidose desencadeada pela febre familiar do Mediterrâneo. Algumas vezes, os depósitos de amilóide (tumores amilóides) em uma determinada área do corpo podem ser removidos cirurgicamente. Um indivíduo cujos rins foram destruídos pela amiloidose pode ser submetida a um transplante renal. Quando um indivíduo apresenta problemas cardíacos, ele pode ser submetido a um transplante cardíaco. No entanto, os órgãos transplantados podem ser posteriormente afetados pelo acúmulo. Na forma hereditária, o defeito que produz o amilóide ocorre no fígado e, por essa razão, em poucos indivíduos o transplante de fígado foi eficaz para interromper a evolução da doença.

Vídeo: http://video.google.com/videoplay?docid=-3916654796029228812#


NIEMANN-PICK

Doença hereditária caracterizada pelo armazenamento anormal de colesterol e esfingomielina em muitos tecidos do corpo e por lesão neurológica progressiva.
Causas, incidência e fatores de risco:
A doença de Niemann-Pick (Tipo A) é herdada como um distúrbio autossômico recessivo, sendo mais comum em judeus Ashkenazi do que em outros grupos étnicos. A doença é provocada pela ausência de uma enzima, a esfingomielinase, e resulta no armazenamento de quantidades anormais de esfingomielina e colesterol no cérebro, medula óssea, fígado e baço. A lesão cerebral causa sintomas neurológicos.
Na figura acima a doença de Neimann-Pick ocorre o armazenamento de excesso de material nas células (doença do armazenamento metabólico). Essas células são referidas como "células espumosas" por causa de sua aparência espumosa ou de bolhas de sabão.
Os sintomas podem aparecer nos primeiros anos de vida e incluem problemas relacionados à alimentação e desenvolvimento motor retardado. Apesar de algumas habilidades motoras poderem ser desenvolvidas, elas logo regridem à medida que a criança perde força e tônus muscular. Outras lesões neurológicas são a perda visual e auditiva progressiva. A doença progride rapidamente e a morte ocorre nos primeiros anos de vida.
Assim como em muitos distúrbios de armazenamento, a doença de Niemann-Pick apresenta manifestação tardia. As crianças afetadas apresentam distúrbios de movimentos e convulsões, além de outros sintomas neurológicos.
Ainda existem três outros tipos da doença de Niemann-Pick; B, C e D. O tipo B é semelhante ao tipo A, mas há pouca ou nenhuma lesão neurológica e a doença é compatível com uma vida normal. Os tipos C e D também são formas mais brandas da doença.

DOENÇA DE TAY-SACHS

Pode ser descoberta na gestação e é consequência de uma mutação recessiva, presente apenas quando se herda genes mutados tanto da mãe quanto do pai. A doença Tay-Sachs é causada por uma deficiência de hexosaminidase, uma enzima importante no metabolismo dos gangliosídeos (um ácido graxo). Esses ácidos graxos acumulam-se no cérebro, produzindo deterioração neurológica. A doença de Tay-Sachs é transmitida por um gene recessivo. Os sintomas começam a manifestar-se aos 3 a 6 meses de idade, progridem rapidamente e a criança habitualmente morre antes dos 3 anos de idade. Descender de judeus Ashkenazi é um dos fatores de risco, nesse grupo, aincidencia é 1 em cada 2.500 pessoas.
  • Dependendo da severidade da doença foi dividida em quatro tipos:
    Tipo infantile Classical de doença de Tay Sachs.
    Doença Juvenile de Tay Sachs.
    Doença crônica de Tay Sachs.
    Doença de Tay Sachs do início do adulto.
  • Sintoma da doença de Tay Sachs:
    Perda progressiva da visão e do hearing;
    Paralysis Spastic;
    Ponto vermelho da cereja no macula do retina;
    Epilepsy

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Enxaqueca duplica risco de ataque cardíaco, indica pesquisa

Mulheres têm três vezes mais chances de sofrer da doença do que os homens
Pessoas que sofrem regularmente de enxaqueca têm o dobro do risco de sofrer um ataque cardíaco, segundo um estudo publicado na quarta-feira (10) nos Estados Unidos.

Os autores da pesquisa constataram também que pacientes com exaqueca correm mais risco de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral).

Segundo o estudo, pessoas que sofrem de enxaqueca também apresentam quadros de diabetes, hipertensão arterial e altas taxas de colesterol --todos estes, fatores de doenças cardiovasculares.

"Geralmente, a enxaqueca é associada a uma doença penosa, que afeta diretamente a qualidade de vida, mas munca a uma ameça ao estado de saúde geral de quem sofre com ela", destacou Richard Lipton, professor de neurologia da Faculdade de Medicina Albert Einstein da Universidade Yeshiva, em Nova York, principal autor do trabalho, publicado na revista "Neurology".

A enxaqueca é mais frequente entre pessoas de 25 a 55 anos, e mulheres têm três vezes mais chances de sofrer da doença do que os homens.

A pesquisa foi realizada a partir de questionários detalhados com mais de 11 mil americanos de entre 18 e 80 anos, dos quais 6.102 padecem de enxaquecas regulares.

Os resultados indicam que pacientes com exaqueca têm duas vezes mais chances de sofrer uma crise cardíaca (4,1%) do que pessoas que não apresentam o problema (1,9%).

O estudo foi financiado pelo grupo farmacêutico Merck & Co. Inc., que produz um medicamento para o tratamento da enxaqueca.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vacina contra a dengue deve ser comercializada em três anos

A vacina contra a dengue pode estar pronta para ser aprovada pelas autoridades sanitárias e comercializada no ano de 2013, o que representaria uma revolução para prevenir o contágio da segunda doença tropical que atinge mais pessoas no mundo.

A companhia farmacêutica francesa Sanofi-Aventis, principal produtora mundial de vacinas, estabeleceu 2013 como prazo para comercialização da vacina, cujas pesquisas foram iniciadas há mais de 15 anos.

Segundo os planos da empresa, no final de 2010 começará a fase três do desenvolvimento da vacina. Se tudo avançar corretamente, por volta de 2012 poderiam ter o produto quase pronto em seus laboratórios da Tailândia. Em caso de êxito, seria submetida à aprovação das autoridades médicas em 2013.

A dengue é uma doença que surge após a picada do Aedes Aegypti, mosquito presente na maioria dos países tropicais do mundo, incluindo quase todos os países da América Latina e do Sudeste Asiático. Uma vez inoculado o vírus, as pessoas infectadas correm risco de sofrer febres hemorrágicas que podem levar à morte.

A malária é a primeira doença tropical do mundo. Até o momento ela, recebe mais atenção e recursos do que a dengue. Ambas estão entre as denominadas doenças negligenciadas --assim chamadas por afetar especialmente os países pobres e em desenvolvimento.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bloco da Solidariedade incentiva a doação de sangue durante o Carnaval

Mais uma vez, o Bloco da Solidariedade – campanha que o banco de sangue do Instituto Nacional de Câncer (INCA) promove para incentivar as pessoas a doarem sangue na semana que antecede o Carnaval - animou as imediações da Praça Cruz Vermelha. Liderado pelos padrinhos da campanha, o dançarino Carlinhos de Jesus e a bailarina Ana Botafogo, o bloco contou com o som de ritimistas da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e uma das mais ilustres mangueirenses, a cantora Alcione.

Além dos ritmistas da bateria, contribuíram para o sucesso do evento o intérprete Luizito, o cavaquinista Alex Sena, o mestre-sala Mateus Oliveira, a porta-bandeira Débora dos Santos e a passista Angele Miranda da Silva. Os padrinhos da campanha e a chefe do Serviço de Hemoterapia do INCA, Iara Motta, deixaram seu recado, pedindo que todos que pudessem, doassem sangue, prevenindo o desabastecimento durante a folia.

Alcione recomendou que ninguém caísse na folia sem a sensação de dever cumprido. “Deixe aqui o seu sangue e deixe o suor na avenida”, disse. Depois do recado, o público pediu que Alcione cantasse e ela soltou a voz em um de seus maiores sucessos, Não deixe o samba morrer, sendo acompanhada pelos entusiasmados foliões. “Doando sangue, você está doando vida para outra pessoa”, acrescentou Luizito.

A meta da campanha desse ano é alcançar a marca de 450 bolsas de sangue entre os dias 5 e 12 de fevereiro. Quem quiser participar deve comparecer ao banco de sangue do INCA (Praça Cruz Vermelha, 23, 2º andar), de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 14h30 ou no sábado, das 8 às 12 horas.




Câncer é principal alvo de pesquisas clínicas no Brasil


Câncer é principal alvo de pesquisas
03/02/2010
Dados de um dos principais bancos de registros de estudos clínicos no mundo, com sede nos Estados Unidos, apontam que a maior parte das pesquisas no Brasil tem como alvo o câncer - com liderança para o de mama -, diabete, doenças do aparelho circulatório e estudos sobre HIV e aids. Juntos, concentram ao menos 25% dos trabalhos. De 1.613 estudos clínicos (com seres humanos) no País registrados no banco de dados Clinical Trials, mantido pelo governo norte-americano, um terço ainda está recrutando pacientes. Apenas um estudo sobre dengue está registrado.

A maioria dos trabalhos é financiada pela indústria farmacêutica e trata de novas drogas. E são mais frequentes os estudos fases 3 e 4 - realizados quando o remédio está pronto, para verificação de eventos adversos e ambientação de drogas em novos mercados, e que recrutam um grande número de pacientes em diversos países.

Para especialistas, o perfil confirma a transição epidemiológica do Brasil - mais idosos e mais doenças crônicas e menos doenças infecciosas ligadas às más condições de vida -, além do interesse da indústria por áreas que dão mais lucro. E, ao mesmo tempo, também aponta para a necessidade de rediscutir a regulamentação, controle e incentivos para os estudos que visem a melhoria da saúde da população e avanço científico brasileiro.

O Ministério da Saúde, porém, promete alavancar a pesquisa no País. "O Brasil ainda está na lanterna porque criou um sistema inadequado para pesquisa. Nos EUA há cerca de 50 mil estudos registrados", afirma Charles Schmidt, vice-presidente da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica, que reúne empresas que realizam estudos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.